O vira-lata que virou herói de guerra
Stubby era um cãozinho de rua comum que foi encontrado em 1917 por um soldado chamado John Robert Conroy, no campo de treinamento da 102ª Divisão de Infantaria dos Estados Unidos, em Yale. De personalidade carismática e inteligência acima da média, Stubby aprendeu rapidamente comandos militares e tornou-se parte da rotina dos soldados. Mesmo sem autorização oficial, foi clandestinamente levado para a Europa quando sua unidade foi convocada para a Primeira Guerra Mundial.
Coragem nas trincheiras
Durante os 18 meses que serviu na guerra, Stubby participou de 17 batalhas na França. Ele foi responsável por alertar os soldados sobre ataques com gás mostarda, localizar feridos no campo de batalha e até capturar um espião alemão ao morder sua perna e mantê-lo preso até os soldados chegarem. Por suas ações heroicas, Stubby foi promovido ao posto de sargento — algo inédito para um cão — e recebeu várias medalhas e condecorações.
Depois da guerra: símbolo e mascote universitário
Ao retornar aos Estados Unidos, Stubby se tornou uma celebridade nacional. Participou de desfiles, foi recebido por três presidentes (Wilson, Harding e Coolidge) e passou a acompanhar seu dono na Universidade de Georgetown, onde virou oficialmente o mascote do time de futebol americano. Vestido com sua farda e medalhas, ele animava os torcedores durante os jogos – uma tradição que ajudou a moldar o mascote dos Georgetown Hoyas como o conhecemos hoje.
O mascote do Geogetown Hoyas foi inspirado pelo Sargento Stubby. Foto: Encyclopædia Britannica.
Legado e homenagem no cinema
Stubby faleceu em 1926, mas sua memória permanece viva. Seu corpo está preservado no Smithsonian Institution, e em 2018, sua história foi retratada no filme animado “Sgt. Stubby: An American Hero”, disponível gratuitamente no YouTube. É uma emocionante homenagem a esse cão que provou que coragem e lealdade não têm espécie.